Projeto Hibridismo na Arte. Tema: Surrealismo e Colagens- As Colagens surreais de Marcelo Monreal .

Hibridismo na Arte Contemporânea.

Freire diz que  aprender a ler o mundo é compreender o seu contexto numa relação dinâmica (Pluralidade de leituras).

ARTE CONTEMPORÂNEA – É a arte do nosso tempo. Marcada pela quebra de padrões, pela liberdade total de criar, representar e propor situações. A arte contemporânea se aproxima da vida.

O expectador é provocado e convidado às mais variadas reflexões sobre a arte e sobre a vida. A arte se integra à própria vida. Beleza, feiura, ironia, política, percepções, sensações, sucata, lixo, e até o próprio corpo, tudo pode ser material artístico. Ainda na década de 60 surge a Arte Conceitual, cuja arte passa a questionar a própria função da arte. O suporte da arte passa a ser a ideia, o conceito.

A arte é plural e permite uma multiplicidade nunca antes vista neste campo. As instalações imperam nas exposições contemporâneas. A arte não precisa mais ser eterna, nem é feita para perdurar. O efêmero, o momento e a passagem do tempo marcam boa parte das obras contemporâneas. Mudaram os tempos, mudou a arte e sua função. Não esqueçamos que a arte é histórica, e cada vez mais política e provocativa; porém, sempre original e criativa.

O Hibridismo na Arte é um assunto muito discutido hoje no que chamamos de Arte Contemporânea, a Arte de hoje.

Conceito: Híbrido de espécies, raças ou variedades diferentes. composto de elementos diferentes. provenientes de línguas diversas. O conceito de híbrido, inicialmente aplicado à Biologia, e depois apropriado e expandido, trata da ideia de cruzamento que gera novas matrizes.

Nas artes, de modo geral, especialmente se olharmos da perspectiva da arte moderna, o cruzamento entre duas linguagens cria novos campos e possibilidades de modos de operação, marcando fortemente uma transição na forma como se produz arte e se usufrui dela. Se no modernismo os campos de conhecimento eram bem conhecidos e, principalmente, delimitados, a partir do pós modernismo a multiplicidade de linguagens passa a dar o tom da nova maneira de se entender arte. As ferramentas usadas pelos artistas não são apenas substituídas por outras ou ampliada, começam a dialogar de forma tão intrincada que passam a formar campos expandidos, descortinando outras possibilidades de criação. É evidente que o desenvolvimento de novas tecnologias interfere no processo, desde o começo dos tempos da criação humana. No caso das artes híbridas, algo merece nossa atenção: a comunicação intensamente afetada pelas novas mídias digitais, propiciando outras formas de se relacionar com a informação.

Antes o canal era unilateral, ou seja, os canais de comunicação apenas entregavam conteúdo, a partir do momento em que a internet passou a ser acessível, algumas ferramentas foram produzidas e vêm sendo aplicadas favorecendo uma ação de criação na rede e provocando uma circulação mais intensa devido ao estabelecimento de mídias sociais, lugares virtuais onde cada um pode não apenas ter acesso a informações, mas também reproduzir, repetir, transformar, criticar ou gerar novos conteúdos.  Portanto, a relação que construímos com o mundo se modificou, pois ideias que circulavam no campo das artes passaram a ser realidade em outras esferas da vida; a questão da globalização, além de todas as suas implicações políticas, transformou as ideias de território; agora é possível estar presente em um local físico, mas também em territórios virtuais, como em teleconferências, por exemplo. Tendo em vista tal cenário, percebemos a dificuldade de abarcar toda a produção que estaria contida dentro da ideia de apropriação e surgimento de novas linguagens.

Podemos apontar alguns caminhos importantes, notadamente a performance, a videoarte e o que chamaremos aqui de artemídia –  definição de Arlindo Machado:  ARTEMÍDIA”, forma aportuguesada do inglês para designar formas de expressão artística que se apropriam de recursos tecnológicos das mídias e da indústria do entretenimento”

Nos anos 1960, a ação de grupos, como Marina Abramovic e Ulay, apenas para citar alguns, afirma o corpo e a presença do artista como ferramenta artística e obra a um só tempo. Temos aqui não apenas a mistura ou cruzamento de linguagens, como teatro, vídeo, artes visuais, e dança, por exemplo mas a criação de uma linguagem com características próprias e múltiplas, na qual a ação em si é a matéria-prima dos trabalhos.

A aproximação entre arte e vida, é levada a um limite radical, já que o corpo do artista e do público, e o ativador da experiência.

Artista digital Marcelo Monreal mistura celebridades com botânica – Marcelo Monreal é um artista digital catarinense super talentoso. Sua série FACES [UN] BONDED é composto de várias colagens de ícones da cultura pop combinadas através de um interessante jogo de recortes com composições florais. Essas colagens surrealistas em cores brilhantes e harmoniosas, realçam e dão uma certa dramaticidade aos rostos destas celebridades icônicas.

Marcelo teve a inspiração para suas colagens quando trabalhava para uma empresa, unindo seu conhecimento e acreditando na beleza interior das pessoas, mesmo que muitas vezes não revelada, o artista brasileiro criou seu projeto “Faces [UN] Bonded”, um surrealismo sublime.

 

 

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arteaulasensinomedio

professora, psicopedagoga,psicóloga. criadora do site apsicologiaonline.com.br

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